A dor é primária como o magenta
Que a minha pele elucida
Manchada com o sofrimento
De todos estes momentos
Em que nada me anima
Hoje percebi que sou um daltónico ocasional
No entanto a minha doença funciona por fases
Mas na maioria das vezes
Retira-me as cores primárias
E consequentemente as secundárias
Apenas me deixando ver as neutras
Que sempre foram as minhas terapeutas
Se o fizeram bem ou mal, não sei
No entanto tornaram-me na pessoa que a ninguém mostrei
Realmente, apenas fragmentos
Em que conseguia distinguir alguma cor dos cinzentos
Agora penso, se gostaria de ver o arco-íris com 7 cores
E concluí que quanto menos vir, melhor
Porque quanto mais temos, mais nos abstraímos
Da essência da vida
A existência foi feita para ter a cor do universo
Ela é a ausência de tudo
Representa a falta da visão
E a falta do que é preciso para ser feliz neste mundo cão.
Crustas.
www.myspace.com/crustasbm
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